A beleza tem todas as idades
O conceito de beleza é relativo, não é universal. Difere de cultura para cultura, de comunidade para comunidade, mas também dentro das mesmas. Cada indivíduo vê a beleza conforme os seus olhos, os seus ensinamentos, os seus exemplos, as suas referências… Existe uma infinidade de áreas que se unem e criam uma opinião, uma visão.
É este o segredo da beleza, e a idade é um número que lhe soma mais poder. Entre connosco nesta viagem e descubra a evolução do conceito de beleza, bem como algumas dicas para se continuar a sentir confiante consigo: com e na sua pele.
O que é a beleza, afinal?
O Dicionário Online Priberam de Português indica o primeiro significado do nome feminino beleza: “Perfeição agradável à vista e que cativa o espírito; qualidade do que é belo.”. Ora, fomos pesquisar, então, o que nos diz o adjetivo belo e encontrámos sete diferentes definições: “em que há beleza”, “aprazível, deleitoso, ameno”, “que é perfeito para o fim a que se destina”, “que satisfaz cabalmente os nossos desejos ou prazeres”, “escolhido, distinto”, “nobre, generoso” e “certo”. O que é belo vem em inúmeras formas e feitios e tudo tem que ver com os nossos padrões de beleza. Experimente pedir, às crianças da sua vida, um desenho sobre o que significa a beleza. Verá que cada uma terá a sua expressão e que os olhos não são todos da mesma cor, que os formatos das caras não são idênticos, que os corpos não são todos iguais. E que belo é assistir a cada expressão deste conceito.
Desde sempre, estamos limitados pelos padrões e conceitos de beleza que a nossa sociedade nos impõe, principalmente às mulheres. Estes padrões variaram muito ao longo dos milénios de existência do ser humano.
A beleza feminina ao longo da história
Começamos esta descoberta pela Grécia Antiga, na qual se acreditava que as proporções perfeitas ditavam a beleza do rosto de uma mulher. No entanto, o conceito de beleza compreendia muito mais do que apenas o rosto. Como refere o Dr. Dietrich von Bothmer, presidente do departamento grego e romano do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque: “A beleza era considerada uma excelência, tal como a honestidade ou a bravura. A beleza física era importante, mas também tinha de ser associada à bondade de espírito.”. Aqui, entendemos a beleza como algo amplo, bastante além do corpo e do rosto.
Na Idade Média (do século XIII ao XV), os padrões de beleza eram particulares: o cabelo tinha de ser loiro e fino, e os olhos cinzentos eram os mais valorizados. Regressámos ao aspeto físico, desta vez altamente fechado.
Foi com o Renascimento do século XV que entrámos num novo conceito de beleza: a seriedade. Botticelli, Leonardo e Rafael são alguns dos exemplos de pinturas com centenas de rostos diferentes entre si, mas com esta beleza séria em comum. Acreditavam que, principalmente as mulheres, passavam assim uma imagem delicada, maternal, mas com muito mistério envolvido.
Terminamos este caminho no século XVI: em Inglaterra, as mulheres que queriam ser belas como a Rainha Isabel I imitavam o seu cabelo pintado, as suas sobrancelhas arrancadas e o seu excesso de cosméticos na pele do rosto.
Saltando para o alemão Peter Paul Rubens, as mulheres pintadas por ele eram pálidas, embora o seu tom de pele rosado. Ostentavam bochechas carnudas, queixos descaídos e os seus corpos eram voluptuosos.
E hoje, qual é o conceito de beleza?
Os padrões de beleza têm divergido ao longo das últimas décadas. Com a facilidade e o aumento da oferta das soluções estéticas e cosméticas, o conceito de beleza tem sido visto como a perfeição, a ilusão de que o tempo não passou por nós.
A constante urgência em partilharmos as nossas vidas nas redes sociais também resultou num crescimento da pressão de apresentarmos sempre a melhor versão de nós, a tal versão mais perfeita, que passa a mensagem de uma vida sem problemas.
Toda esta pressão social e soluções milagrosas levam ao pensamento de que juventude e beleza andam sempre de mãos dadas, mas não é o caso. Começam a acontecer movimentos claros de aceitação do envelhecimento como o processo natural que é, e a confiança que daí advém é uma sensação única.
Nos últimos anos, diversas marcas ligadas à moda e à cosmética têm vindo a participar ativamente nestes movimentos. São cada vez mais as campanhas publicitárias que escolhem pessoas com mais idade para promoverem os seus produtos e, claro, conceitos.
A L’Óreal com a Jane Fonda, a Dior com o Johnny Depp, a Fendi com a Sarah Jessica Parker ou a H&M com a Naomi Campbell são alguns dos vastos exemplos. Também as mais importantes Semanas da Moda têm nos seus desfiles um número crescente de modelos com mais de 50 anos. No mundo digital, já assistimos, também, a este movimento, com o aparecimento de influenciadoras mais velhas, que partilham o seu estilo de vida, reforçando que a beleza deve ser vista como um conjunto de valências e de experiências.
Como já vimos, a beleza vai muito além do aspeto físico. Vivemos um momento em que a maturidade que vem associada à idade entra neste mundo complexo que é o conceito de beleza. A ONU prevê que, no final deste século, a maioria da população mundial terá mais de 65 anos. Até lá, os sinais físicos da velhice serão, logicamente, mais aceitáveis, de forma global. As marcas de vida que todos temos fazem parte de nós e ajudam a construir esta temática.
Como nos podemos sentir confiantes com o avançar da idade?
O mais importante é reconhecermos que, com o envelhecimento, o nosso corpo conhece novos limites e que apenas significa que somos seres humanos: é uma fase inerente à vida de qualquer pessoa.
Partilhamos dicas práticas que devem ser postas em prática, de forma a priorizar a sua confiança e auto-estima e aceitar a constante evolução que está a acontecer.
Crie a sua rotina: a rotina é essencial para evitar a desmotivação. Experimente pequenos hábitos diários, como ir à padaria de manhã, ler antes de ir dormir ou, por exemplo, ouvir música durante 10 minutos sem qualquer distração;
Cuide da sua pele: neste artigo, partilhamos ensinamentos sobre uma pele saudável, hidratada e nutrida. Uma rotina diária de skincare deve ser mantida, e neste artigo partilhamos várias dicas consigo. O nosso Óleo de Pinhão Mediterrânico é clinicamente testado e prova uma elevada eficácia no aumento da hidratação da pele, 28 dias após a sua aplicação;
Olhe para a sua alimentação: comer bem dá-nos força e energia, os combustíveis certos para a sensação de felicidade. Conheça aqui os benefícios da Dieta Mediterrânica;
O exercício físico é fundamental: sempre com consciência dos seus limites, descubra a atividade que mais lhe agrada. Damos algumas sugestões: faça caminhadas a pé, ande de bicicleta ou conheça as maravilhas da hidroginástica;
Mantenha as suas relações pessoais: as relações que construímos ao longo da vida e que iniciamos em diversos momentos são vitais para a felicidade, a confiança e a auto-estima;
Pense positivo: renda-se aos pensamentos positivos e à leveza da vida. Veja as nossas dicas aqui, neste artigo.
Sentir-se bem por dentro fará com que se sinta bem por fora.
Fontes:
Priberam; The Washington Post; Revista Ativa; Impulso Positivo.