A Dieta Mediterrânica e os seus benefícios
A Dieta Mediterrânica que conhecemos hoje apresenta soluções de refeições saborosas, que fazem bem à saúde e promovem um aumento do bem-estar físico e mental.
Entre todos os seus benefícios, destacamos o efeito preventivo de diferentes doenças, como as cardiovasculares, a hipertensão arterial, a diabetes ou, até, vários tipos de cancro.
Quando surgiu a Dieta Mediterrânica?
Nos anos 60 e 70, os nutricionistas desenvolveram a ideia de Dieta Mediterrânica como um conceito de comida saudável, apesar de os nativos desta zona já a consumirem há muitos milénios.
Um casal de americanos, Ancel e Margaret Keys, ambos investigadores, foram pioneiros no conceito: ao notarem a existência de inúmeros italianos centenários, conseguiram identificar que a sua dieta baixa em gordura animal resultava numa defesa contra problemas cardíacos.
É assim que, nos anos 90, nasce a pirâmide da Dieta Mediterrânica. Esta pirâmide tinha como base os carboidratos, como os cereais e as massas. Seguiam-se o óleo, as frutas e os vegetais. Aqui, o consumo de peixes, laticínios e aves era diminuído, e as carnes vermelhas e os doces estavam previstos apenas em momentos ocasionais.
O que compõe a Dieta Mediterrânica, atualmente?
A base da pirâmide deixou de ser a alimentação, focando-se agora no equilíbrio entre o corpo e a mente, promovendo o bem-estar.
A importância da atividade física regular, do descanso e da convivência é, atualmente, o mais importante para o corpo humano e para a sua plenitude. A par destas três preocupações, surgem também, na base da pirâmide, a biodiversidade e a sazonalidade dos produtos, a preferência por produtos tradicionais, locais e amigos do ambiente, bem como as atividades culinárias.
Em termos nutricionais, esta dieta é muito rica e pressupõe um consumo de alimentos em diversas necessidades de consumo:
- Águas e infusões são uma das novidades prioritárias na nova pirâmide da Dieta Mediterrânica e devem ser introduzidas ao longo do dia;
- A cada refeição principal, devem ser privilegiadas frutas e hortícolas, que variam consoante a época. O seu consumo deve ser, também ele, variado, entre cores e texturas, cozinhados e crus;
- A cada refeição principal também está pressuposto o consumo de azeite, rico em gorduras mono insaturadas, antioxidantes e com propriedades anti-inflamatórias, e o consumo de cereais, tais como arroz, pão, massas ou couscous, de preferência integrais;
- Diariamente, é encorajado o consumo de laticínios, de preferência magros, bem como de ervas aromáticas, de especiarias e de frutos secos, como amêndoas ou nozes. Estes últimos são ricos em proteína, vitaminas e gorduras monoinsaturadas;
- Semanalmente, devem ser incluídas na Dieta Mediterrânica carnes brancas, peixe, ovos e leguminosas secas. Em menor quantidade, ainda é permitida a ingestão de carnes vermelhas, carnes processadas e batatas;
- No topo da pirâmide, encontramos os doces e o vinho, que devem ser consumidos com moderação.
A união da alimentação com o bem-estar físico e mental representa um grande passo na perceção da saúde como um todo. Lembre-se: a atividade física, o descanso e a convivência fazem parte desta Dieta Mediterrânica.
Junte os seus amigos e familiares, ao redor de uma mesa recheada de produtos sazonais e locais, tanto quanto possível. Será esta a receita para a felicidade?
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Fontes:
Direção-Geral da Saúde; Associação Portuguesa dos Nutricionistas.